domingo, 23 de agosto de 2009

SERÁ QUE O PIOR JA PASSOU? Economia da União Europeia sofre forte queda


Segundo relatórios divulgados na sexta-feira, as economias europeias sofreram forte contração no primeiro trimestre de 2009, já que a atividade econômica estagnou-se em toda a região após as convulsões no sistema financeiro global no final do ano passado.O período de inverno, no qual a Europa amargou uma queda econômica ainda mais acentuada do que a dos Estados Unidos, provavelmente representou o pior ponto no ciclo econômico do continente, dizem os economistas, embora acrescentem que a recessão deverá continuar ainda durante vários meses, e que é provável que haja um aumento drástico do desemprego. A economia dos principais países europeus sofreu uma queda no início deste ano, à medida que os pilares das economias individuais - fossem eles os gastos dos consumidores, investimentos empresariais ou exportações - foram abalados devido à falta de confiança e a uma recessão global que se fez sentir brutalmente sem levar em conta fronteiras e setores econômicos. Tanto na União Europeia, que tem 27 países, quanto no seu subconjunto formado pelos 16 países que usam o euro, o produto interno bruto encolheu cerca de 2,5% nos primeiros três meses do ano, ou cerca de 10% anuais, segundo o departamento de estatística da União Europeia, o Eurostat. Os dois grupos sofreram uma redução econômica de 1,4% no último trimestre de 2008.

Segundo economistas, conforme ocorre nos Estados Unidos, esses números provavelmente representam o período mais traumático da "Grande Recessão", conforme o fenômeno passou a ser conhecido, já que a contração europeia provavelmente já está diminuindo de intensidade como prelúdio de um crescimento discreto no outono. Mesmo assim, acredita-se que a produção referente a todo o ano cairá. A economia dos Estados Unidos, em recessão desde dezembro de 2007, contraiu-se a um índice anual de 6,1% no primeiro trimestre, segundo estimativas do Departamento do Comércio dos Estados Unidos. Mas a maioria dos economistas atualmente acredita que a curva de crescimento voltará novamente a ser positiva no outono, o que sugere que o trauma financeiro que se seguiu à falência do Lehman Brothers em setembro de 2008 estaria se dissipando em velocidades iguais dos dois lados do Atlântico. "Foi um choque global, de forma que todos os países foram afetados de maneira similar", afirma Jorg Kramer, diretor de economia do Commerzbank, em Frankfurt. Embora muitos analistas enxerguem sinais de que a Europa estaria começando a emergir do seu nicho defensivo, a região ainda se depara com um percurso difícil porque, mesmo se o crescimento for retomado perto do final deste ano, ele provavelmente será discreto durante algum tempo. "É como fazer bungee jump", afirma Paul Mortimer-Lee, diretor de economia de mercado em Londres para o BNP Paribas.
Postado por: Geovana Caldas e Sandra Caldeira

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