segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Europa quer aviões silenciosos e menos poluentes

Preocupada com sinais de defasagem no desenvolvimento de aviões, a União Européia está planejando uma parceria público-privada de 1,6 bilhão de euros para ajudar o setor de aviação a produzir uma nova geração de aeronaves mais silenciosas e menos agressivas ao meio-ambiente.

Fontes européias afirmam que o projeto, conhecido como Clean Sky (céu limpo), cujo custo equivale a cerca de R$ 4 bilhões, resultará em expressivos benefícios econômicos e compensará o impacto do enorme crescimento no tráfego aéreo, cortando as emissões de carbono dos aviões em 20% a 40% nas próximas décadas uma redução de dois bilhões a três bilhões de toneladas entre 2015 e 2050. As emissões de óxido de nitrogênio poderiam ser reduzidas em 40% a 60% e o ruído transmitido pelos aviões poderia ser reduzido à metade.

Tensões
A utilização de 800 milhões de euros de verbas da União Européia, porém, pode despertar antigas tensões com Washington. Em nome da Boeing, os Estrados Unidos travaram uma longa batalha na Organização Mundial do Comércio sobre acusações de apoio público ilegal à fabricante de aviões Airbus.

Um documento, que deve ser aprovado na quarta-feira (20) pela Comissão Européia, declara que a União Européia precisa destinar financiamento público à questão se não quiser ficar defasada em relação a outros mercados.

O relatório destaca que os Estados Unidos também trabalham nesse sentido com a Política Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento em Aeronáutica, sem nenhum indício de que diminuirão a intensidade dos seus esforços. "Ao mesmo tempo", segundo o documento, "surgiram outros concorrentes nos últimos anos, como Brasil, Rússia, China e Índia".

Dinheiro privado
De acordo com os planos da União Européia, o setor contribuiria com 800 milhões de euros para o Clean Sky no período de 2008 a 2014. A maior parte das principais empresas européias de aviação concordou em contribuir para o projeto, incluindo Airbus, Rolls-Royce, Saab, Thales, Dassault e Eurocopter, além de universidades e institutos de pesquisa.

O dinheiro será destinado a seis projetos principais, incluindo aqueles ligados ao desenvolvimento de um motor mais ecológico, à criação de uma asa fixa "inteligente" que mudará de posição durante o vôo para poupar energia e ao uso de materiais mais leves como substitutos do metal.

Embora a Airbus vá persistir em obter cerca de 12% do orçamento, a maior parte do dinheiro será gasta no desenvolvimento de tecnologias, não de modelos específicos, declarou Marco Brusati, diretor de projetos da Comissão Européia. "Isso irá contribuir para a formação de uma nova geração de aeronaves que adotará uma abordagem de menos agressão ao meio-ambiente", acrescentou.

FONTE: http://g1.globo.com/Noticias/Economia_Negocios/0,,MUL53761-9356,00.html

POSTADO POR GEOVANA CALDAS DE SANTANA.

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